A classe dos anfíbios possui 3000 espécies e são os verdadeiros terrestres mais primitivos. Em geral vivem próximo à água, em terrenos pantanosos, e parte do ciclo de crescimento é representada pela fase de girino ápodo (sem pernas) que respira por brânquias. As pernas e os pulmões são as duas características que distinguem os anfíbios de seus ancestrais, os peixes primitivos.

As pernas têm a mesma estrutura das pernas dos répteis (menos as cobras), aves e mamíferos. A estrutura é completa até os cinco dedos nas extremidades dos membros, embora o grande artelho das patas traseiras seja, em geral, atrofiado.

Os pulmões, já encontrados em alguns peixes, substituem as brânquias no final da metamorfose. Mas ainda são um tanto primitivos e, por isso, boa parte da respiração dos anfíbios é feita pela pele.

O cérebro, porém, é muito maior que o dos peixes e os órgãos dos sentidos muito mais desenvolvidos. A língua é uma estrutura que aparece pela primeira vez (embora o sapo do Suriname não a possua). Alguns anfíbios podem produzir ruídos muito fortes. O esqueleto apresenta uma nova estrutura -o atlas ou primeira vértebra - que permite o movimento da cabeça dos anfíbios.

Como os machos ainda não possuem pênis, a fertilização é externa nos anuros. Os ovos e os espermatozóides são ejetados ao mesmo tempo, durante um longo abraço. No caso dos anfíbios caudados, a própria fêmea coloca na cloaca o esperma ejetado pelo macho. Mas nos dois casos há complicados rituais de acasalamento, como a dança do tritão ou o canto da rã. Os machos podem mudar de aspecto durante a estação de acasalamento: desenvolvem cristas, cores mais vivas, ou saliências nos dedos.

As larvas, primeiro fixadas a plantas aquáticas, desenvolvem a capacidade de nadar. À medida que vão crescendo aparecem os membros (nos caudados, primeiro os dianteiros; nos anuros, primeiro os traseiros). No final, a cauda é absorvida nos anfíbios anuros. Em todos os anfíbios, as brânquias são substituídas por pulmões e, então, o animal está apto a viver fora da água.

Metamorfose dos sapos

Os sapos passam por uma metamorfose completa. Os ovos são postos na água, onde nascem os jovens girinos, que possuem cauda e brânquias externas, mas não têm pernas. Com o crescimento e desenvolvimento do girino, as brânquias desaparecem, as pernas posteriores surgem, depois as anteriores, e a cauda encolhe. Posteriormente, a cauda desaparece, resultando num sapo adulto jovem.

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