Animais em Extinção
Ainda no século passado, viviam na Europa ursos, lobos, corças, camurças, cabritos-monteses, águias, galos dos bosques, faisões dos montes e outros. Hoje, pode-se caminhar por horas e horas ao longo de uma picada nos campos, sem ouvir o canto de um pássaro ou um ruído de um animal. É a "natureza silenciosa", um dos aspectos negativos das conquistas da nossa atual civilização.



Trata-se de uma realidade que não pode ser ignorada: em todo o mundo, espécies inteiras de animais estão se extinguindo. As causas? Um cientista alemão, Vinzens Ziswiler, escreveu com amarga ironia: "A causa... o homem pode vê-la sempre que se olhar no espelho..."

Reação em cadeia
Boa parte das vezes a destruição poderia ter sido evitada ou, pelo menos, reduzida. Deve ser evitada ou reduzida, porque se o homem continuar a destruir a natureza acabará por se destruir a si próprio.

Se uma floresta é derrubada, por exemplo, desaparecem as ervas e frutos (alimento de certos bichos), e se lhes rouba também o refúgio natural; esses animais fogem ou morrem, e seu desaparecimento prejudica outros animais, que deles se alimentavam. É uma verdadeira reação em cadeia, cujo desastroso resultado final é o desaparecimento da fauna de regiões inteiras.

É caso para desesperar-se?
Sim e não. Sim, porque algumas espécies não poderão ser salvas, mesmo se forem poupadas pelo homem. Por outro lado, existem motivos de otimismo. Em alguns casos, as medidas de proteção permitem preservar muitas espécies e até fazê-las aumentar em número. Isso graças aos parques nacionais, que existem em diversos países. No Brasil, existem dezesseis parques e 27 reservas ecológicas.

Veja abaixo, o mapa dos parques nacionais:



1- Pacaás Novos (RO)
2 - Serra do Divisor (AC)
3 - Jaú (AM)
4 - Pico da Neblina (AM)
5 - Amazônia (AM/PA)
6 - Monte Roraima (RR)
7 - Cabo Orange (AP)
8 - Araguaia (TO)
9 - Lençóis Maranhenses (MA)
10 - Sete Cidades (PI)
11 - Serra da Capivara (PI)
12 - Ubajara (CE)
13 - Marinho de Fernando de Noronha (PE)
14 - Chapada da Diamantina (BA)
15 - Marinho de Abrolhos
16 - Monte Pascoal (BA)
17 - Grande Sertão Veredas (MG/BA)
18 - Serra da Canastra (MG)
19 - Serra do Cipó (MG)
20 - Caparaó (MG/ES)
21 - Itatiaia (MG/RJ)
22 - Serra dos Órgãos (RJ)
23 - Tijuca (RJ)
24 - Serra da Bocaína (SP/RJ)
25 - Iguaçu (PR)
26 - Superagüí (PR)
27 - São Joaquim (SC)
28 - Aparados da Serra (SC/RS)
29 - Serra Geral (SC/RS)
30 - Lagoa do Peixe (RS)
31 - Pantanal Matogrossense (MT)
32 - Chapada dos Guimarães (MT)
33 - Ernas (GO)
34 - Chapada dos Veadeiros (GO)
35 - Brasília (DF)
Quantos já desapareceram?
Segundo as estatísticas, mais de 300 espécies animais já desapareceram da face da Terra e a extinção continua ameaçando mais de 900 espécies existentes. Em nosso país - considerado como possuidor de uma flora e fauna entre as mais ricas do mundo - não se sabe ao certo quantas espécies já desapareceram.

As causas
Derrubada de florestas, poluição do ar, dos rios e mares, comercialização indiscriminada de determinadas espécies são fatores que, somados, estão provocando um perigoso desequilíbrio ecológico em diversos países. Além da caça indiscriminada para obtenção de carne, gordura, peles, plumas, troféus e lembranças. A coleta de ovos ou matança de filhotes, são bastante procurados devido ao grande lucro.

Doenças introduzidas ao meio ambiente pelos animais domésticos estão quase exterminando certas espécies
Família Psittacidae
Aqui estão os papagaios, periquitos, araras, maitacas e cacatuas em uma só família - Psittacidae - com 315 espécies, distribuídas no hemisfério sul e nas regiões tropicais e subtropicais do hemisfério norte. A maioria das espécies é arbórea. Quase todas as espécies de psitacídeos se adaptam com facilidade ao cativeiro.

Características das araras
As araras são capazes de articular sons imitando palavras humanas ou vozes de outros animais. São aves de fôlego curto, não cruzam longas distâncias, não voam muito. Mas são aptos a mover-se entre os ramos das árvores, graças ao formato do bico e de suas patas. O bico é robusto, em forma de gancho, e dos quatro dedos, dois dirigem-se para frente e dois para trás (pé zigodáctilo). A arara manipula o alimento com o pé.

Vivem aos bandos, nas florestas da América do Sul, onde é seu ambiente natural. Ao partir em busca de frutas, sementes ou brotos que constituem sua alimentação, emitem gritos estridentes, com grande alarido. Quando muito famintas, chegam a devastar plantações inteiras.

Muito decorativas, suas penas são até hoje empregadas pelos índios como adornos de cocares. Vistosas penas, o tamanho avantajado, o bico muito rijo e a face lisa, são características das araras.

As araras podem viver em uma média de 60 anos de vida.

Doença - Psitacose
Uma doença perigosa ataca essas aves: a psitacose, causada por um vírus filtrável. A ave acometida pela psitacose torna-se quieta, arredia e sua plumagem toda se emaranha. Mas o maior risco está na possibilidade de transmitir o vírus a outras aves. O vírus pode contaminar também o homem que entra em contato com as aves doentes.

Ararajuba
Ostentando uma plumagem amarelo-ouro e extremidades verdes em seus quase 35 cm, a Ararajuba é uma das mais belas aves da família dos psitacídeos, e é considerada a ave nacional do Brasil, segundo proposta do ornitólogo Helmut Sick. É encontrada somente no Brasil, nas florestas chuvosas da região tropical, no norte do Brasil e nos estados do Maranhão ao leste do Pará e aos baixos do Xingu e Tapajós.

Seu alimento predileto são os cocos da palmeira juçara e corre perigo de extinção.

Espécie: Guaruba guaruba.


Ararajuba (lado esquerdo) e Arara Vermelha (direito)

Arara Vermelha
Ave cujas coberteiras médias superiores das asas são amarelas. Distribui-se do México até o Brasil. (sinônimos: Aracanga, Araracanga, Ararapiranga, Arara-Macau).

Espécie: Ara macao.

Arara Vermelha Grande
Ave caracterizada pelas coberteiras superiores médias das asa de intenso verde.

Distribui-se desde o sul da América Central ao Paraguai, e ao norte da Argentina.

Arara Vermelha Grande


Araraúna (ou Araruna)
Essa ave pode ser encontrada nos campos cerrados do Brasil; as penas são de um azul bem escuro. É a maior das araras. (sinônimos: Arara-Preta, Arara-Azul).

Espécie: Anodorhynchus hyachinthinus.



Ninhos
As longas penas das caudas das Araras chegam a medir mais de um metro e servem ainda para assinalar seu ninho. Com efeitos, seus ninhos são feitos de preferência em ocos no alto do tronco de palmeiras. Mas como a ave só escava o suficiente para abrigar seu corpo, a longa cauda fica pendente, denunciando-a.

Ameaçada de extinção
O maior psitacídeo do mundo, a arara-azul-grande, com mais de 90 cm de comprimento está ameaçada de extinção, assim como a arara-azul-de-lear e a ararajuba também. A caça e a destruição do hábitat levaram várias espécies à ameaça de extinção. Uma delas, a arara-azul-pequena, está provavelmente desaparecida para sempre e da ararinha-azul resta um único exemplar nascido na natureza (na região chamada Raso da Catarina, estado da Bahia).

Classificação científica
Classe: Aves

Ordem: Psitaciformes

Família: Psitacídeos

Subfamília: Conuríneos

Obs: As Araras pertencem a dois gêneros: Ara e Anodorhynchus.

Anadorhynchus huacinthinus (preta)
Ara macao (vermelha)
Ara chloroptera (verde)
Guaruba guaruba (ararajuba)

Lista Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção.


Através da Portaria nº 1.522, de 19 de dezembro de 1.989 e da Portaria nº 45-N, de 27 de abril de 1.992, o
IBAMA tornou pública a lista oficial de espécies da fauna brasileira ameaçada de extinção.

Espécies marcadas com asterisco (*) estão provavelmente extintas

1.0. Mammalia - Mamíferos

1.1. Primates - Macacos




























As focas são de sangue quente e amamentam as crias. Ela é a menor espécie dos oceanos, com o comprimento de 1,40 m e 90 kg. Tem geralmente a cor cinza chumbo, algumas vezes, com riscas brancas ou manchas em todo o corpo. Nas "focas-peludas", os machos apresentam a cor do pêlo mais escuro que as fêmeas.

Os pés e as mãos são as nadadeiras, onde os dedos estão ligados por membranas, formando uma superfície de bom tamanho para favorecer o deslocamento na água. Tudo isso lhes permite nadar com agilidade de peixe, embora tenham a pele coberta de pêlos.

O pescoço é pouco notável, parecendo a cabeça ligada diretamente ao tronco. O revestimento do corpo - uma espessa epiderme coberta de pêlos, sobre uma camada grossa de gordura - protege-os contra o frio e é um bom motivo para que habitem os mares da região polar. As focas podem viver de 25 a 35 anos, porém, já foi registrado uma foca com 40 anos.

Foca.

Otárias

A palavra "otária" deriva do grego e quer dizer "orelha pequena". As focas verdadeiras, da família dos Focídeos, são ditas "sem orelhas", o que é a pura verdade. Essa carência de orelhas entre os pinípedes não lhes afeta a audição, aliás, seu sentido é o mais desenvolvido. Além disso, possuem olfato bom o bastante para permitir a caça na águas profundiais, aonde chega pouca luz.

"Otárias", recebem este nome por terem pavilhões auditivos externos, embora sejam pequenos e rudimentares. Esses animais elevam o corpo do solo quando se deslocam em terra e se apóiam sobre as nadadeiras anteriores e posteriores. Dividem-se em dois grupos: os leões ou lobos-marinhos e os ursos-marinhos. Os primeiros são os maiores animais desse grupo. Os ursos-marinhos são muito parecidos, mas diferem dos leões-marinhos pela pelagem interior, muito mais abundante e sedosa e pelo focinho mais pontiagudo.

Acasalamento e gestação

Na região polar, o sol da primavera já derreteu quase totalmente toda a neve, e os machos, lentamente, chegam à costa. Todos preferem ficar mais próximos da água, e brigam e se mordem, enquanto lançam gritos e mugidos. Depois de alguns dias de luta, cada um já sabe qual é o seu lugar. As fêmeas chegam com o verão, e os machos se precipitam para a água. Os primeiros que ganham o mar são os favorecidos no sentido de conquistar o maior número possível de fêmeas, que eles guiam para suas tocas. É a época do acasalamento anual.

Oito a doze meses depois nascem os filhotes, de que as fêmeas tratam cuidadosamente. Costumam procriar sempre no mesmo local e para isso têm, às vezes, de atravessar a nado grandes distâncias. As "focas-peludas" só procriam nas ilhas Pribilof, no mar de Bering, defronte às costas do Alasca, e para chegar aí têm de nadar quase 5 mil quilômetros.

Filhotes

As pequenas focas têm muito temor da água. Somente com dois meses de vida, querendo ou não, são levadas para o mar pelas mães, que as ensinam a nadar. Quando os filhotes, já robustos, se convertem em hábeis nadadores, toda a colônia regressa ao mar e efetua grandes migrações até a primavera seguinte.

Foca e seu filho.

Focas verdadeiras

As focas verdadeiras carecem de pavilhões auditivos externos. O pescoço é mais curto, menos flexível e as nadadeiras anteriores são menos desenvolvidas. Quando estão fora d'água, locomovem-se arrastando-se pelo chão. Os elefantes-marinhos são as maiores focas e receberam esse nome não apenas devido a seu tamanho, mas também pela presença, nos machos, de uma tromba curta ou proboscide, que pende sobre a boca.

Caça

A carne e a gordura são empregadas na alimentação e combustível. A pele, duríssima, é utilizada para encobrir embarcações pequenas e fazer diversos tipos de roupas. Os ossos são transformados em instrumentos e armas. Até as vísceras são úteis, como alimento para os cães de trenó.

Os pinípedes são perseguidos pelas grandes e ferozes orcas (baleias carnívoras) e pelos ursos-brancos. Porém, seus inimigos mais implacáveis são os caçadores profissionais, que os matam para vender a pele e a gordura derretida: de um elefante-marinho podem-se extrair quase 1.000 litros de banha. Hoje, as leis restringem sua caça a fim de evitar-lhes a extinção.

Mergulho

Na busca de peixes, moluscos e crustáceos alcançam freqüentemente profundidades de 60 metros. Nessas incursões contam com um sistema de proteção que lhes permite ficar imerso por cerca de 20 minutos, sem correr o risco de asfixia nem o de rompimento dos tímpanos pela forte pressão pois, assim que mergulham, o canal auditivo é protegido por um músculo que obstrui sua entrada. As pulsações do coração vão caindo de cem para dez por minuto e, assim, o oxigênio dos pulmões é consumido mais lentamente. No mergulho, diminui a irrigação sangüínea da pele, passando mais sangue pelo coração e cérebro, órgãos que necessitam de oxigenação perfeita. Suas narinas são naturalmente fechadas - importante para que não sufoquem -, só se abrindo com esforço voluntário.

Urso-Marinho

O urso-marinho do hemisfério sul, que habita as costas antárticas é uma das 14 espécies que compõem o grupo dos Otarídeos (pinípedes com pavilhões auditivos externos). São animais polígamos e, no princípio de outubro, reúnem-se nas praias, formando colônias reprodutoras formadas por milhares de indivíduos.

Foca.

As fêmeas reprodutoras se alimentam exclusivamente de um crustáceo chamado krill. Os machos também comem pingüins e peixes. Embora muitos dos otarídeos tenham sido dizimados pela caça, a população de ursos-marinhos do sul, que esteve à beira da extinção em fins do século XIX, atualmente soma entre 700 mil e um milhão de indivíduos.

Leopardo-Marinho

O leopardo-marinho, a mais feroz das focas, caça mamíferos para comer. Geralmente solitário, é inimigo dos pingüins.

Classificação científica

  • Reino - Animal
  • Sub-reino - Metazoários
  • Filo - Cordados
  • Subfilo - Vertebrados
  • Classe - Mamíferos
  • Subclasse - Eutérios
  • Ordem - Carnívoros
  • Subordem - Pinípedes

Famílias:

  • Otarídeos (leões-marinhos; ursos-marinhos)
  • Odobenídeos (morsas)
  • Focídeos (focas, elefantes-marinhos)